Mulher se Suicida do Alto de Sua Tristeza
- Welington Moraes
- 7 de mai. de 2015
- 1 min de leitura
Sangue e morte povoam os jornais dos animais sedentos por
Sangue e morte.
Por sorte o poeta morre cedo,
Sem medo do incerto destino,
Brinca feito menino entre as vísceras da
Cidade,
Tem na certeza da inexistente divindade,
A força que move suas mãos.
Sem deus para guiar sua devoção,
Vira devoto do humano,
Esse incerto oceano de náufragos desse incerto
Naufrágio o destino.
Nas mentes vazias que batem cheias panelas,
A realidade de uma sociedade devota a mediocridade se
Revela.
Nas panelas vazias que alimentam à cheias cabeças,
O descaso atira ao valo a certeza que amanhã haverá
Sol.
Menos mal que o poeta morra cedo.
O único medo que lhe corrói é o de toda essa insanidade
Da cidade,
Dos animais e do
Sangue,
Vermelho como a rosa,
Que tinge os jornais e as sinapses de um mundo sem amor.

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