Lepidoptera
- Welington Moraes
- 24 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
A chuva escorre rápido,
Desce feito cascata na janela,
Onde o verme faz seu casulo,
Onde o gargalo da veneziana enche de ruído
A sala vazia,
Que ampara o homem entre pensamentos,
Escuros e melancolia.
O gosto da bebida amarga na boca,
O cigarro queima o taco solto no piso,
O homem se encontra entre sombras,
Chiaroscuro dualista entre o que passou,
O que amanhecerá;
O que se perde entre um suspiro e outro e
O nada.
A chuva escorre rápido,
No casulo o verme respira,
Se esquece do tempo e escapa.
Na chuva ele sorri,
A metamorfose se completa e
De asas molhadas se vai.

Kommentare