Retro-perspectiva ou Do Que Se Aprende No Ano
- Welington Moraes
- 24 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
No ano que passou
Descobriu um segredo,
Desses que metem medo,
Desestrutura o pensar,
Resolveu então lidar com
A vida d'outra forma,
Que para alguns incomoda,
Muda as coisas de lugar.
Viu a dita felicidade,
Desejo humano primaz,
Como um sentimento fulgaz,
Com data de validade,
Soube então lidar com a tristeza,
Trazendo ao peito a certeza
Que só é feliz de verdade,
Aquele que na serenidade,
Faz edificar o seu lar.
Descobriu que a utilidade,
Rótulo que a todos faz bem,
Retém na sua usabilidade
Um propósito que não reside em si
Próprio,
Sendo assim mero ópio,
Desejo que não se completa,
Tudo que é útil te leva
Para onde tu não estas,
Então só o inútil em si mesmo,
Sabe do mundo o segredo
De ser feliz em si próprio,
Esse sim belo ópio,
Que usa quem vive em paz.
A ano que acaba
Não acaba com a mágoa,
Com a incerteza,
Com o medo,
Mas descobrir o segredo
Impute nele um saber,
Se existir então é agonia,
Deve-se buscar na alegria
O efêmero sentido de viver,
Mesmo que frequentemente,
Ela desmorone a sua frente,
Condição diária de ser.

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