Os Ares de Março
- Welington Moraes
- 24 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
No palco da história,
Divergindo a trajetória e
Cavalgando o velho Hypos,
Vários tipos se entrelaçam,
Se apalpam,
Se abraçam,
Se conduzem ao som do vento,
Ao som de gritos,
Congestionamentos;
Um encenar em solo inóspito,
Um esperar o ganho insólito,
O ver sangrar um peito rubro.
Vejo tudo e me anulo,
Me esqueço da esperança,
Segue morta,
Uma criança,
Que se foi por omissão,
Pelo frio,
Inanição,
Pela miopia ideológica,
Pela criação escatológica da divisão humanitária,
Da intervenção solidária,
A militarização constitucional.
Pelo feio e grande mal,
De viver a ignorância – Essa sim verdadeira ânsia que corrompe o
País,
Que segue por um triz à tornar-se um campo débil,
Um tabuleiro infértil onde jogam com teu ser,
Que segue imaginando ser um livre entre prisioneiros,
Um rei entre herdeiros desse solo fecundo,
Que carrega habitantes imundos que não sabem conviver –,
A humanidade segue a sua sina,
Frágil,
Feito pequenina,
Num imenso não saber.

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