Fascio Littorio
- Welington Moraes
- 24 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
Tudo tem mudado e eu tenho medo.
O ódio não mais escorre em segredo,
Do fascismo ao cinismo,
Tudo corre ao abismo e eu tenho medo.
Em cada esquina aponta um dedo,
O deus da carnificina se arrasta pela rua tendo ao colo uma
Menina,
Pobre, fraca e pequenina,
Grita aos ventos por ajuda.
Eu tenho medo e tudo muda,
Tenho pena da menina,
Tenho pena da esquina que sede espaço ao
Inquisidor;
Tenho pena do andor que carrega o oco santo.
Tenho pena,
Me levando,
Sobre ombros me sustento,
Grito ao vento:
“Ainda há tempo!”; e ele responde:
“Eu tenho medo.”

Comments