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Conjecturas a Beira da Tua Porta

  • Foto do escritor: Welington Moraes
    Welington Moraes
  • 24 de abr. de 2015
  • 1 min de leitura

Distraído com as folhas a cair da amoreira,

Alheio ao tempo,

Tendo o vento a balançar os cabelos loiros,

Sujos da poeira que irrita os olhos,

Salga a boca,

Flutua ao espaço junto das melancolias,

Das frias lembranças de outrora,

Me perco sentado no chão de tua porta.

Penso em transições,

Os outonos da vida que secam amores,

Que secam amoras,

Que desfolhe a árvore de nossa vida,

Folhas a cair,

O chão a ruir sob os pés,

As pás que cavavam o chão fértil de meu coração estão

Guardadas.

Sentado a porta de tua casa vejo os vagalumes que pisca-piscam o teu

Pomar,

Vejo formigas alheias aos meus sentimentos,

Vejo os lamentos de uma cigarra que grita aos céus por ver esmagado ao chão o pobre

Cigarro,

Vejo cores de flores que eram curas paras as dores dos amores brigados,

Vejo os mal amados largados em portas como eu,

Hoje a noite é melancólica para aqueles que esperam,

Veneram a esperança,

Deusa de sorriso brilhante,

Extasiante como o sol e inesperada como a brisa.

Hoje penso em coisas tão distantes de nós dois,

Que sonho em pegar no sono a porta de tua casa.

Teu sorriso distante alcança os meus ouvidos,

Te vejo a chegar e vou embora,

Que as desculpas cheguem em outra hora,

Que amor se encarregue de apagar as más lembranças de outrora,

Que eu saiba que o amor floresce na aurora,

Do dia,

Da vida,

Das inconstantes sincronias do mundo,

Profundo nascedouro dos amanhãs.

Libélula

 
 
 

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