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Bílis Negra

  • Foto do escritor: Welington Moraes
    Welington Moraes
  • 24 de abr. de 2015
  • 1 min de leitura

Chovia cinzas numa quarta-feira,

E o planeta, desprendido de sua órbita,

Ia sem eira nem beira;

A pequena esfera azul a vagar os mares da fronteira

Final.

Aqui,

Na superfície das coisas,

A rotina era normal,

As pessoas seguiam o itinerário de suas vidas,

As repetições sofridas em silêncio,

Os toques secos em peles ressentidas.

As cinzas que caiam a igualar as cores,

Deixava uma massa coesa de desamores,

Arrependimentos e

Saudades;

Uma convergente deidade de humanas proporções,

Um salão de ilusões cercadas de vaidades,

Uma velada necessidade que completa gerações.

O planeta a vagar perdido,

Deixa um sussurro no ouvido de quem sente,

Um lamento assim somente,

Um suspiro reprimido:

Quem conduz o azul no espaço?

Que colore do homem o passo,

Que lhe desata do peito o laço,

O medo do desconhecido?

Chovia cinzas numa quarta-feira,

Enquanto vagava na eternidade escura e fria,

Um planetinha cinza,

Chamado melancolia.

Chuva

 
 
 

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