Alvedrio
- Welington Moraes
- 24 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
As moscas em festa,
Sobre o monte em bossa,
Escolheram a rainha da fossa.
A flor melancólica,
Sozinha e bucólica,
Despetalou e morreu.
Na retina refletida,
Segue escondida a vontade.
Qual a vaidade de reinar,
Sendo melhor entre pétalas
Perfumar?
A inocente menina,
Sentada na janela vê o mundo e não se
Desespera;
Espera o mundo enquanto o mundo paciente lhe
Espera.
Esse ar e essa melancolia põem a gente a flor da
Pele;
Enquanto na bosta a bossa continua,
Ao som do realejo,
Cortejo à moscas e realezas.

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