Sobre Homens e Baratas
- Welington Moraes
- 8 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
O homem-barata corre desvanecido. Foge de pernas que não são suas, Ilusões seminuas de uma realidade que não conhece. O homem-barata procura por lixos que alimentam. Faminto se antena nas quinas mais amenas, Sintonizando a rota de sua próxima fuga, Assim, De esquinas a esquinas corre em devaneios. O homem-barata é limpo demais para uma barata, Sujo demais para um homem, Grande demais para um inseto, Pequeno demais para a sua consciência. Por isso ele foge. O homem-barata morre (se lhe deixarem morrer) Pisado, Às vezes por seu próprio sapato.

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