Mundo S/A
- Welington Moraes
- 8 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
A criatura estava faminta. Remanescente das guerras que assolavam o mundo, Esquelética, Pairava sobre as pilhas de cadáveres. Tinha em suas patas lembranças, Rebuscadas pelo fogo, Escuras pela fuligem que a crueldade solta. Alimentava-se dos poucos sonhos que lhe restavam, Apodrecidos pela realidade. Tinha uma lágrima para cada costela que lhe Saltava. Saciava sua sede com elas. Bela imagem para um cartão postal, Deve ser por isso que Deus não nos visita mais. Ao longe a morte fumava, Formando cortinas de Fumaça, Contando nos dedos as horas para terminar o seu Trabalho. “Quão patéticos são os seres humanos...” Pensou ela.

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