Das Lendas Que Não Existem II
- Welington Moraes
- 8 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
Ouvi de bocas mais sábias, A história que eternizo aqui. Tudo sempre volta, Um ciclo, Infinito, De coisas tão mais simples do que viver, E a vida, Essa sim finita, Segue seu itinerário. Nascer, crescer, morrer, E tão mais bonito assim, Rimando. Renascer, existir e rimar, Coisas que espero não mais fazer enquanto homem. Mas o que importa aqui é a curta história da pequena estrela-do-mar que se apaixonou por um oceano, E que versos longos não combinam com histórias curtas. "A pequena estrelinha e o grande oceano. Pela lei da atração oposta, Muito bem aproveitada aqui, A estrelinha se apaixonou pelo marzão. Só que o marzão, Muito do orgulhoso, Não queria saber da pobre estrela marinha. Ela se atirava de contra a maré, E o grande azulão a mandava de volta à areia. E assim ficaram durante anos. Um dia o sol, Astro rei e por si só superlativo, Ficou com pena da pequena cinco pontas, e, Achando que ajudava, Levou-a para morar no céu. Deprimida pela separação, A estrela suicidou-se numa brilhante supernova, Indo repousar eternamente, Em partes ainda menores, Nos braços azuis esverdeados de seu amor não correspondido. O mar não teve tempo para uma ressaca moral, Pois logo havia outra estrela por ele apaixonada." É... São tantas as estrelas e tão pouca é a poesia.

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