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Ainda Que Eu Sobreviva, Serei Sempre Um Animal

  • Foto do escritor: Welington Moraes
    Welington Moraes
  • 8 de abr. de 2015
  • 1 min de leitura

O animal observava e era observado,

Não entendia muito das coisas que lhe atribuíam,

Pensava em morrer só por ser questionado.

Sofria de uma cólera muda,

Invisível,

Impotente.

Era castigado pela sua falta de iniciativa,

Iniciativa ausente pela falta de cuidados.

O animal gemia fonemas incompreensíveis,

Ecos de dores que já se foram,

Martelos que lhe viviam a esmurrar sua cabeça.

Estava preso na popularização da mediocridade.

Não tinha saúde,

Não tinha estudos,

Seu amor já morrera numa fila do SUS.

Estava inerte atravessando pela existência.

Quantos animais são necessários para se construir uma sociedade?

Quanto sofrimento é necessário para se construir um animal?

Quantas letras serão necessárias para acordar uma geração?

O animal não sabia... Pensava em morrer só por ser questionado.

Homem resistiu

 
 
 

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