A margem esquerda da vida
- Welington Moraes
- 8 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
Numa folha de papel reciclado escrevo minha vida. Na margem esquerda superior foi onde nasci, Puro, Nu de toda imperfeição que se pode haver. De linhas retas encho os primeiros parágrafos. O tempo se apetece de entortá-las, Rumo à outra margem há palavras escritas do avesso, Prontas para formar um novo significado. Esqueço letras, Somente as que me deixam mais triste. Invento letras, Somente para meu próprio orgulho. Assassino letras, Somente aquelas que renascerão sem a minha interferência. Há momentos em que desenho nos cantos das paginas, Estranho como estas são as horas mais felizes. Minha vida caberia toda dentro de um bloco de notas se Quisesse. Só me resta deixar esta página voar livre com a brisa da Memória.

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