Um Conto Sem Fadas
- Welington Moraes
- 8 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
Era uma vez um grãozinho de areia, Que do mar quis se desprender, E bem longe, onde os sonhos são criados, Uma vida nova o grãozinho foi tecer. Seu sonho era ser firme como uma rocha. No mar onde as vagas arrebentam, Uma rocha dura, pesada e resistente, Fitava o horizonte, insólita e melancólica, Esperava do destino um presente: Voar livre como um pássaro. Ou que ao menos no mar se consumisse. O pássaro voando sobre as águas, Refletia-se no espelho que é o mar. Fitando seu próprio olhar cheio de mágoas, Divagando ficava a imaginar o dia em que seria misturado [Ao oceano que tanto amava. O mar que servia para a depuração de tanto sofrimento, Sofria em silêncio também, Ninguém imaginava qual seria o tormento ou a Tormenta que provocava tanta ressaca. Em seu intimo infinitamente azul, Lá em profundezas abissais, Entre tesouros e o desconhecido estava o seu desejo mais forte: Tornar-se uma folha de papel. Somente assim transformaria o grãozinho, a rocha e o pássaro em poesia.

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