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Sobre Os Amores de Um Virgem Louvor

  • Foto do escritor: Welington Moraes
    Welington Moraes
  • 8 de abr. de 2015
  • 2 min de leitura

Em uma vida de acontecimentos inesperados, Lado a lado com o tempo que vai escorrendo junto ao vento, Cheio de erros desatentos, Insensatos, Grotescos, A pobre virgem vivia de esquecimentos tão mais impuros e burlescos, Qual seu existir imaculado. Sua mente, Aparente cristal brilhante, Sendo amante de uma inesperada vocação, Seu corpo ao chão prostrado em ato inóspito, Sendo áspero, Ilusório, Ausente e frequente, Ficava a imaginar lá fora o mundo, Imundo de mentiras e traição. Quando a noite em sonhos, Despudorada carne, Entregava-se aos prazeres proibidos, Ouvia lascívias ao pé do ouvido d’um certo anjo-demônio torto - Absorto pelos prazeres do corpo, Dos calores da paixão, Da falta de fé do pagão, Da impureza da humanidade divina, Amante da alma feminina, Suas curvas, Perigos e surpresas - Sonhava em ser tomada sobre a mesa, Alimento para um espírito sedento que só em sonhos poderia estar atento aos segredos da vida, Salvação. Pobre virgem imaculada, Deserdada dos prazeres da noite, Presa ao açoite de louvar, Sem nunca saber o que é amar tendo o amor refletido no objeto Amado, Seus sentimentos afundados no sereno lago do cotidiano, Sem um único pingo de amores mundanos, Aqueles mais puros sentidos, Sem nunca ter recebido nada alem do ordinário, Tesouro de um cavaleiro templário ou rosa de um louco poeta, Vive a vida perfeita para um imperfeito viver, Só o que sabe é sofrer em silêncio mágoas diárias, Esquecendo em manhãs precárias de errar um erro preciso, Sempre respeitando o inciso de viver de esquecimentos, Sempre a louvar, Seu tormento, Sua vida mesquinha, Seu azar. Pobre pequena prisioneira, Virgem, Imaculada, Sonhadora, Sabe que o esquecimento da noite, Seguido de um dia de açoites, Não vale o preço da vida. Então louvar, O seu karma, A corrente que prende su’alma, O motivo dos sonhos esquecer, Faz-lhe perecer por dentro, Alma, Espírito, Tormento transformado em rotina, Maculam a virgem menina, Que dia a dia se prostra esperando no louvor a resposta dos segredos do universo Infinito. Em uma vida de acontecimentos inesperados, Lado a lado com o tempo que vai escorrendo junto ao vento, Cheio de erros desatentos, Insensatos, Grotescos, A pobre virgem vivia de esquecimentos tão mais impuros e burlescos, Qual seu existir imaculado, Tendo sempre um sonho esquecido e um anjo-demônio esperado, Subversões de uma vida regrada a sofrimentos Sagrados, Prazeres oníricos amados por quem o amor não amou.

Meditation by the sea

 
 
 

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