Sobre Janelas e Tempestades
- Welington Moraes
- 8 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
Eu queria apenas a ausência dessa consciência, O sentido de um vazio deslocado, Dessa pequenez diante de tudo. Esse mundo mudo que torna a chamar, Essa solidão presente, Quando sento a janela de um ônibus qualquer, Impedido outrora de sair, Despeço de uma coletiva ilusão, Entorno no peito o eco abafado de uma voz que não identifico, Sinto falta daquilo que não conheço. O calor, O ventilador, A dor existencialista... Pensamentos, Sentimentos, Decepções... Existir sem saber, Aceitar sem questionar, Viver a deriva. O corpo é uma nau perdida, A existência: um mar infinito, A consciência é uma tempestade, De resto apenas raios, Relâmpagos, Relações... O homem foi condenado a ter consciência de que sua consciência perante tudo é limitada, Um prisioneiro, Cuja condenação é o pensar.

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