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Poema Encharcado de Xampu

  • Foto do escritor: Welington Moraes
    Welington Moraes
  • 8 de abr. de 2015
  • 1 min de leitura

Em meu cotidiano transbordado de ausências, Escrevo palavras tortas em um caderno velho. Sentenças de amor que nunca jurei, Desculpas que nunca pedi, O bem querer que deixei apagado em versos mal escritos, Que de linhas tortas completam o meu vazio. Tenho, Nas folhas amareladas de meu caderno, Uma vida que nunca vivi. Tenho, Na imprecisão da escrita, Meus poemas mais mentirosos. São pesadas as horas de um poeta num mundo maldito. São malditos os poetas nas horas de um mundo pesado. Escrevi meu mais belo poema no box do chuveiro, Vapor e sentimento num acrílico marrom, Fadado a ser esquecido e apagado assim que o banho terminar. Deveria tê-lo escrito torto, Nesse caderno amarelado e velho. Mas assim como tudo ele foi instantâneo e descartável, Eterno momento efêmero impresso na memória. Como são solitários e longos os banhos de quem sente.

Morning Fog

 
 
 

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