Ode ao Conhecimento da Amada Desconhecida
- Welington Moraes
- 8 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
Teus cabelos negros sobre a alva pele, Tal qual a escuridão da noite sobre a branca colina, Formam nuvens de uma efêmera lembrança. Tua boca encarnada mistura lembranças ao vento, Palavras esquecidas de um tempo onde o tempo se esqueceu de acontecer. Assim como quem procura vida, Minhas mãos descem ao teu ventre. Assim como quem procura vida, Meus lábios tocam os teus. Estrelas, Tal como olhos curiosos, Procuram o despudor proibido. Cobertos pela Lua, Tenho a ti como a mim tu tens. Nunca mais esquecerei a noite que me despi de mim, Amando-te assim na consciência, Inconsciente do que possa acontecer, Inconsciente de quem era antes de ti. Às vezes me encontro a divagar absorto, Perdido como um tolo, Fico acariciando as frias madeixas do vento. O céu, Em noites estreladas, Tem um pouco dos teus negros cabelos.

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