Fotofobia
- Welington Moraes
- 8 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
Vejo olhos lânguidos, brilhantes, surgindo da negra escuridão, Vejo a densa neblina dando ares de noir, Vejo a face da solidão e ela é bela e envolvente, Diferente daquilo que alguns preferiam que fosse. Nasci a beira da noite, Não sei se chovia, Meu primeiro berro foi quase as seis e depois disso continuei berrando, Algumas vezes em silêncio. Nu na escuridão eu nasci puro, Luz, roupas, artifícios de uma ilusão, A sublime negação de tudo que existe na mais primitiva realidade. Fui coberto por verdades pasteurizadas e me deixaram mamar em paz, Pelo menos tive o direito de não me preocupar com nada, “Esperamos ele crescer, Aí sim, Deixemos que a vida invada o seu peito e o faça transbordar de sentimentos, Quando ele já estiver preparado o apresentamos a solidão, Fiel companheira, Presente sempre a cada esquina, Seja na Paulista ou na praça do mais interior dos interiores, ‘Presença interior.” Estamos sempre acompanhados da solidão, Soa até engraçado...

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