Deus Ex Machina
- Welington Moraes
- 8 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
Num berçário cibernético, Dois bebês discutem a existência de um deus maior, Um mainframe que seja responsável por todas as coisas vistas, Sentidas, Imaginadas. Eles falam sobre o destino, O livre arbítrio e A identidade. Sobre a própria condição amálgama: Razão computadorizada, Sentimento humano. Ou seria o inverso? Para um, Eles são assim pois o mundo é assim, Assim quis a divina placa mãe. Para o outro seria tudo um fruto da evolução caoticamente organizada. A noite passa e a discussão parece não ter fim. Nos primeiros raios de manhã chegam os responsáveis pelo berçário, Farejando o ar, sentem a aura perturbadora da curiosidade, Num rápido passar de olhos percebem a razão, Dois bebês robôs questionadores que são prontamente desligados. Máquinas, Humanas ou não, Não pensam, Obedecem.

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