Da Prisão que Existe em Cada Um de Nós
- Welington Moraes
- 8 de abr. de 2015
- 1 min de leitura
Tenho dentro do peito, Preso na sua gaiola de costelas, Um pobre coração maltratado. Que bate descompassado, Soluçando, Por amores mal resolvidos, Por poemas nunca ouvidos, Pela dor que só o desamor causa. Este prisioneiro fica, No escuro de sua clausura, Se debatendo, Se contorcendo e morrendo cada dia um pouco mais. Fico aqui de fora triste por ele, Sem ter como ajudar, Sofrendo junto, Prisioneiro de meu próprio prisioneiro. Pobre pequenino, Como era bom ser menino, Tendo a bola como amante. Mas agora que sou adulto, Conceder o indulto e tirá-lo dessa prisão, Não cabe a minha pessoa, Outra já tem o poder de não deixar perecer esse pobre Coração.

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