top of page

Carta Aberta em Repudio aos Bobo-alegres

  • Foto do escritor: Welington Moraes
    Welington Moraes
  • 8 de abr. de 2015
  • 1 min de leitura

De teatro até agora muito pouco vi, Minha visão estava embaçada pelo bafo das bocas abertas, Estava desnorteado Pelo cheiro podre das almas vendidas ao comércio que o teatro se tornou. Meus ouvidos estão tapados pelo barulho das gargalhadas, Proveniente dos imbecis bobo-alegres, Corruptores da arte, Corja suja de imitadores da alma humana, Trocam o amor ao oficio por um punhado de aplausos, Falsos em tudo, Atuar, Amar, Respeitar e Viver. Quanto mais atuante um ator é na vida, Mais a corja de bobo-alegres satiriza o ato de atuar. Quanto mais ausente de alma, Pudor e ética um atuante pode ser, Mais livre de privações artísticas ele viverá. Para ser ator basta saber fotografar, Rir os mais falsos risos, Falar o mais besta dos idiomas, Idiotizar cada vez que a peça virar uma vírgula. Assim é a cada ano, Assim é a cada estreia. De teatro até agora muito pouco vi, Graças a Dionísio para isso que eles fazem me torno cego, Esperando a luz do foco que irá curar-me, Esperando a deixa para sair de cena, Esperando a cortina fechar.

Engraçado Man 2

 
 
 

Comments


Posts Destacados
Posts Recentes
Arquivo
Procura por Tags
Redes Sociais
  • Facebook Basic Square
  • Google+ Basic Square

© Todos os textos contidos neste site, incluindo peças de teatro, roteiros, contos e poesias são de autoria do titular, protegidos por direitos autorais de propriedade intelectual.

  • w-facebook
bottom of page